Entenda como funciona a Laserterapia no artigo de hoje!
Nos dias de hoje, a Laserterapia ou Fotobiomodulação (termo mais recente) tem sido amplamente utilizada no Brasil nas diversas áreas da saúde.
Seus benefícios na modulação da inflamação, na regeneração tecidual e analgesia abrem um amplo leque de aplicabilidades clínicas muitas vezes ainda desconhecidas pela maioria dos profissionais de saúde.
Contudo, a ideia de realizar um tratamento com luz é bastante disruptiva. Ou seja, não é nada parecida com nenhum outro tratamento conhecido.
A entrega de luz para o tecido lesionado é uma forma de nutrir energeticamente este tecido, e com energia o tecido regenera.
Entenda como funciona a Laserterapia
No entanto, se tratando de luz, para que os efeitos clínicos aconteçam, precisamos considerar alguns princípios:
1) Absorção:
A energia luminosa precisa ser absorvida por alguma substância para ser transformada em outra forma de energia. O efeito fototérmico acontece quando a luz é transformada em energia térmica, gerando efeitos como a remoção de pelos e tatuagem.
Já o efeito fotoquímico, que acontece na Laserterapia, ocorre quando se utiliza a energia em processos químicos, gerando efeito como o reestabelecimento da homeostase celular.
2) Ressonância:
É o termo que significa que determinado tipo de luz interage, ou melhor, é absorvido por uma determinada substância. Isso explica porque existem lasers diferentes para aplicabilidades diferentes.
3) Dose:
É a quantidade de energia, potência e tempo aplicado em determinado tecido. A dosimetria é ampla e também inclui frequência de aplicação, número de pontos, formas de irradiar e outros detalhes na técnica que podem fazer toda a diferença nos resultados clínicos.
4) Estado inicial do tecido irradiado:
Segundo a pesquisadora Tina Karu, pioneira nos estudos de mecanismos de ação do laser, para se ter efeito biológico, o tecido deve estar em algum grau de stress oxidativo, ou seja, alterados, lesionados ou estressados.
Em déficit energético, recebem melhor a energia luminosa, e quando as células estão sadias, nada acontece. Culturas celulares sadias quando irradiadas por luz não se alteram. Sendo assim, os efeitos da luz são seguros uma vez que os fótons não absorvidos viajam pelo espaço não necessitando de processamento nem excreção.
4) Fisiologia e genética tecidual:
Os efeitos clínicos decorrentes do reestabelecimento energético sempre irão acontecer de acordo com a fisiologia e genética tecidual, sempre a favor da homeostase tecidual e sistêmica.
Ainda, o tratamento com luz tem algumas características muito interessantes como simplicidade e rapidez, atuação não invasiva e bem aceita pelos pacientes por não gerar nenhuma dor ou desconforto durante o tratamento.
Por exemplo, em feridas, dependendo do equipamento utilizado, a aplicação pode ser feita em segundos! Além disso, não há efeitos adversos nem colaterais relatados na literatura.
Entre as substâncias que absorvem a luz, encontram-se enzimas responsáveis pelo bom funcionamento da mitocôndrias, que são organelas celulares que promovem a respiração e produção energética celular.
Entregar energia luminosa para as mitocôndrias e reestabelecer seu funcionamento é o principal mecanismo de ação da Laserterapia. Isso porque a maioria das doenças, alterações de saúde e envelhecimento levam também a alterações mitocondriais.
E com energia, as células fazem o que sua fisiologia e genética preconizam. Desse modo, alguma se diferenciam, outras se multiplicam, outras se regeneram, e assim por diante – levando à homeostasia celular e tecidual.
Clinicamente vemos a luz acelerar a cicatrização, mudando de forma visível o aspecto da lesão em 24h, modular a inflamação, reduzir dor e edema, e normalizar as funções teciduais.
Enfim, a Laserterapia é muito mais que um tratamento, é uma grande catalisadora de processos fisiológicos dentro do princípio de Nutrição energética tecidual.
Autoria: Profa. Dra. Daiane T Meneguzzo, PhD
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