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HISTÓRIA DO LASER

A terapia com luz,ou fototerapia,é um dos métodos terapêuticos mais antigos usados pelo homem. Historicamente como terapia solar pelos egípcios, Helioterapia, e mais tarde como terapia com luz ultravioleta pela qual Nils Finsen ganhou o prêmio Nobel em 1904. Mas a luz realmente passou a ser um efetivo instrumento médico quando um físico americano (foto), Theodore Harold Maiman (1927-2007) desenvolveu o primeiro equipamento LASER (Light Amplifications by Stimulated Emission of Radiation). Em 16 de Maio 1960 o primeiro laser de rubi com finalidade de corte foi criado no Hughes Research Laboratories, em Malibu, Califórnia. Naquela época Maiman dizia: “O laser é uma solução procurando problema”. Ele ainda não tinha idéia da abrangência de sua aplicabilidade que hoje conhecemos: na indústria, nas artes, nas técnicas de diagnóstico,na astronomia, e na prevenção e tratamento de tantas doenças em diversas áreas da saúde.Muitos pesquisadores voltaram seus experimentos em busca de problemas que poderiam ser solucionados com o Laser. Em 1967, Endre Mester, da Hungria, quis testar se a radiação laser poderia causar câncer em camundongos (Mester et al., 1968). Para sua surpresa, ao invés de desenvolver câncer, no grupo tratado com o Laser o pêlo dos animais cresceu e regenerou-se mais rápido que no grupo não tratado. Esta foi a primeira demonstração da “bioestimulação laser”. Atualmente, a terapia com laser de baixa potência (TLBP), ou seja, terapia de bioestimulação celular sem efeitos térmicos de corte, sem dor, é praticada por profissionais da saúde que buscam em diversas áreas efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e regeneração tecidual.

EFEITO NA REPARAÇÃO

Efeito do laser de baixa potëncia na reparação:

  • Aumento do aporte de trifosfato de adenosina (ATP)
  • Aumento da permeabilidadeda membrana celular, facilitando o remodelamento de colágeno (de Araújo et al., 2007)
  • Aumento da resistência tênsil (Vasilenko et al., 2010)
  • Aumento da angiogênese (Melo et al., 2011)

O laser modula a atividade das células envolvidas na reparação tecidual: macrófagos (Young et al., 1989); fibroblastos (Kreisler et al., 2003); queratinócitos (Haas, 1990); mastócitos( Pereira et al., 2010) e células endoteliais (Kipshidze et al., 2001). O efeito do laser no estímulo destas células, faz com que o tecido lesionado reestabeleça o seu equilíbrio, ou seja, recupere a sua forma e função, levando à reparação.

EFEITO ANALGÉSICO

Efeito analgésico do laser de baixa potência (Simunovic, 2000):

  • Aumento nos níveis de β-endorfina
  • Aumento da escreção urinária de glicocorticóides, que são inibidores da β-endorfina
  • Aumento da excreção urinária de catabólitos da serotonina
  • Alteração do equilíbrio adrenalina-noradrenalina
  • Aumento na produção de ATP, que pode promover o relaxamento muscular
  • Aumento da microcirculação local, consequentemente, do aporte de oxigênio, reduzindo a asfixia do tecido e acelerando a retirada de catabólitos nos tecidos
  • Aumento do fluxo linfático e redução do edema

A literatura sugere que não há um mecanismo único para a ação do laser na produção do efeito analgésico. Tal feito se deve a alguns fatores: nosso organismo está em atividade constante; variabilidade da percepção da dor (pode variar com indivíduo e local); classificação quanto a duração e frequência (dor aguda, crônica, recorrente); classificação quanto a origem da dor (nociceptiva, neuropática, reflexa, referida, visceral, psicossomática) (Saastamoinen et al., 2005).

EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO

Efeito anti-inflamatório do Laser:

  • Aumento da microcirculação local
  • Promoção da angiogênese , vasodilatação
  • Inibe mediadores inflamatórios (PGE2, COX-2, IL-1, mRNA)
  • Efeito anti-oxidante, reduzindo os radicais livres que desencadeiam a resposta inflamatória
  • Aceleração na cicatrização

Referências: Schafferet al., 2000; Mirskyet al., 2002; Campanaet al., 1998; Lopes-Martinsetal.,2005; Bjordaletal., 2011 Vale ressaltar que o laser, ao contrário dos fármacos, tem ação local e não resulta em efeitos negativos ao corpo como: úlceras gástricas, toxicidade ao fígado, entre outros.

CONTRA INDICAÇÕES

Qual é o principal cuidado que devemos ter ao utilizar o Laser? O principal cuidado durante a irradiação laser é a utilização de óculos de proteção pelo paciente e profissionais. A radiação laser utilizada terapeuticamente (classe IIIb)  ou cirurgicamente (classe IV), ou seja, de emissão vermelha e infra-vermelha podem causar lesões na retina. Qual óculos de proteção é ideal? O ideal é usar o óculos que o fabricante do equipamento fornece. Isso porque o óculos deve ser específico para o comprimento de onda que ele deve agir como barreira. Existem efeitos colaterais da irradiação? Os efeitos colaterais da laserterapia são praticamente nulos, já que a luz é absorvida principalmente pelo tecido lesionado ou com leve alteração. A luz não é armazenada e também por isso seus efeitos não são cumulativos. Ela não precisa ser excretada, pois simplesmente vai embora se sua energia não foi transformada em outra forma de energia. No entanto, podemos ter inibição ou exacerbação de algumas situações clínicas dose-dependentes. Por exemplo, em uma lesão crônica, o laser pode agudizá-la no intuito de promover a sua reparação.  Ainda, efeitos nulos ou insatisfatórios que podem ser evitados por profissionais capacitados. Quais as contra-indicações da Laserterapia? A principal contra-indicação em Laserterapia é sua utilização em lesão sem diagnóstico. Essa é a regra principal da nossa equipe de professores da Allaser. Ainda, outras situações também contra-indicam sua utilização como:

  • Irradiação sobre tumores/neoplasias (benignos ou malignos);
  • Fenômenos de retenção de muco (Glândulas Salivares – mucoceles por exemplo);
  • Em crianças: fontanelas/epífises de crescimento;
  • Irradiação próxima a marcapasso;
  • Mulheres grávidas (depende da aplicação);

TIPOS DE LASER

O que é?
Existem 3 tipos de lasers utilizados na Odontologia: laser de alta potência, laser de baixa potência e laser para diagnóstico.

 

Quais situações e Ação do laser? Laser de Alta Potência: Os lasers de alta potência possuem potências variando entre 1 a 30W, com o objetivo de corte tecidual, coagulação e redução microbiana. Tais objetivos são alcançados em função dos efeitos térmicos produzidos e na interção laser/tecido. Na Odontologia, os protocolos utilizam no máximo até 5W de potência. Nesta modalidade, é necessário que haja um perfeito casamento entre o tipo de tecido alvo (vascularizado, fibroso, mineralizado) e a faixa de emissão do Laser para que haja o efeito desejado. Por isso, existem diversos equipamentos com comprimentos de onda diferentes na busca pela melhor interação com cada tipo de tecido. Nesta area podemos destacar os lasers de Érbio (Er:YAG e Er,Cr:YSGG), C02, Neodímio (Nd:YAG), argônio e diodo de alta potência.

 

Laser de Baixa Potência: A diversidade de equipamentos nesta área é bem menor quando comparada à Lasercirurgia, sendo representada pelos lasers de He-Ne e Diodo. Os lasers de He-Ne são mais comuns na Europa e os Lasers de Diodo, em função da sua portalidade, baixo custo e possibilidade de fabricação nos espectros de emissão vermelho e infravermelho, estão difundidos por todo mundo. Em relação aos lasers de diodo, existem disponíveis no mercado equipamentos portáteis e de mesa.Os equipamentos de mesa dependem de eletricidade e, em geral, possuem um software que permite o operador ajustar no display do equipamento diversos parâmetros da dosimetria como comprimento de onda, potência, energia, modo de emissão (contínuo ou pulsado), ou ainda escolher protocolos pré-determinados sugeridos pelo fabricante. Já os equipamentos portáteis são bem menores que os lasers de mesa e podem funcionar com ou seu fio (bateria). Em função da compactação no tamanho desses equipamentos, os ajustes de parâmetros de dosimetria são mais simplicados e, em geral, o operador pode escolher o comprimento de onda e a energia ou densidade de energia. Download – Clique para baixar o material: