Os grandes avanços tecnológicos das últimas décadas permitiram a implementação de novos recursos terapêuticos na prática clínica veterinária, dentre eles o desenvolvimento e utilização de equipamentos de irradiação como lasers e LEDs de baixa potência. Assim, a busca pelo conhecimento acerca da utilização da laserterapia em animais é crescente, e não se restringe apenas àqueles que procuram se aprimorar profissionalmente, mas também aos que visam tratamentos poucos invasivos, tal como a rápida recuperação e o bem estar de seus pacientes.
As aplicações clínicas da laserterapia na Medicina Veterinária são diversas, e contemplam desde sua utilização na área da fisioterapia veterinária, ou seja, no tratamento de processos inflamatórios articulares, traumatismos, tendinites, entre outros, até o tratamento de feridas crônicas que apresentam baixa taxa de sucesso quando submetidas a tratamentos convencionais. Interessantemente, seus benefícios não são restritos apenas à cães e gatos, sendo também evidenciados tratamentos bem sucedidos em equinos, bovinos, aves e até mesmo em répteis.
Além disto, decorrente da incansável busca por alternativas de tratamento e controle de doenças de origem microbiológica, uma nova modalidade terapêutica, conhecida com terapia fotodinâmica, está emergindo com grande potencial para tratar diferentes enfermidades em animais. Sua ação resulta da interação de um corante não tóxico (fotossensibilizador), luz e oxigênio molecular, resultando na inativação de uma vasta gama de patógenos, incluindo bactérias resistentes a múltiplos antibióticos, fungos e algas patogênicas. Sob um ponto de vista clínico, infeções como dermatites, pododermatites, estomatites, otites são passíveis de tratamento por meio da terapia fotodinâmica em decorrência de seu estágio e evolução clínica.
Levando-se em consideração estes aspectos, o emprego da laserterapia e da terapia fotodinâmica na prática veterinária está resultando em um maior número de pesquisas na área e resultados cada vez mais promissores. Portanto, é importante ressaltar a necessidade de que médicos veterinários busquem conhecimento teórico-prático para a execução de protocolos terapêuticos bem sucedidos.